Leonardo Lobato e Thales Zangale
Sobre o Comitê
A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) é uma organização internacional criada para promover o uso seguro, pacífico e sustentável da energia nuclear. Foi fundada em 1957 com a missão de promover a paz, a segurança e o desenvolvimento através da energia nuclear, ao mesmo tempo em que garante que a tecnologia nuclear não seja usada para fins bélicos, como a fabricação de armas nucleares. A AIEA é uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU), mas tem seu próprio funcionamento e objetivos específicos. Ela reúne países de todo o mundo, que cooperam em questões relacionadas à energia nuclear e à segurança nuclear. O objetivo central da AIEA é garantir que a energia nuclear seja utilizada de maneira responsável e transparente, evitando que o material nuclear caia em mãos erradas e seja utilizado para a construção de armas nucleares.
Na madrugada de 26 de abril de 1986, o impensável aconteceu: um dos reatores nucleares da Usina de Chernobyl explodiu, liberando partículas radioativas na atmosfera. Esse evento resultou na maior descarga de radiação atmosférica já registrada, afetando diretamente mais de 150.000 km² do território soviético e deixando rastros radioativos em locais tão distantes quanto a Irlanda e o Canadá.
Em meio à Guerra Fria, cabe a você, delegado, navegar as tensões políticas para encontrar uma solução capaz de remediar essa crise sem precedentes e garantir que uma tragédia dessa magnitude nunca mais se repita. Você estará à altura de enfrentar o maior desastre nuclear da história?
Carta dos diretores
Estimados delegados,
Redijo-lhes esta carta no início de 2025, meses antes da simulação que presenciaremos juntos e eu poderia, certamente, escrever a respeito de minhas expectativas ou a importância da temática de nosso comitê, porém decido escrever sobre algo simples, porém poderoso- a esperança.
A esperança que surge em meu ser não é ingênua, desprovida de fundamentos ou desassociada de nosso tema. Pelo contrário, ela nasce da convicção de que ao reunirmos um grupo de jovens para exercer a mais bela e antiga arte da diplomacia estamos todos praticando uma ação de fé, pois por sua vez, a diplomacia, no cerne de sua essência, é um ato de fé no entendimento humano. Cada acordo firmado, cada mão estendida, cada conciliação alcançada representa a crença de que as palavras podem superar as armas, de que a razão pode subjugar os impulsos primitivos e de que o futuro não precisa ser uma repetição trágica do passado.
A história mostra que os maiores avanços da humanidade não foram conquistados pela força, mas pela disposição de construir algo maior em conjunto, pelo esforço de superar diferenças e encontrar unidade na diversidade. Foi assim que povos uma vez rivais se tornaram aliados, que conflitos aparentemente insolúveis foram solucionados e que nações divididas encontraram um caminho comum.
Entretanto, a esperança que a diplomacia carrega, ao contrário de crenças comuns, não pertence aos estadistas. Ela, em sua forma mais pura, reside em cada um de nós. Na vida cotidiana, ao escutarmos nossos colegas, ao oferecermos ajuda aos amigos e ao buscarmos compreender ao máximo o mundo em constante mudança à nossa volta, não somos diferentes de líderes globais que, em grandes cenários políticos, buscam evitar conflitos e apaziguar tensões.
Assim, espero que possamos, juntos, aprender, crescer, plantar relacionamentos e divertirmo-nos, tudo baseado na esperança de que ao fazermos isso, estaremos obtendo ferramentas para criar um mundo mais justo e pautado na diplomacia. Pois enquanto houver diplomacia, haverá esperança.
Com confiança em seus potenciais,
Leonardo Lobato
Diretor de Mesa
Thales Zangale
Diretor de Mesa