O Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior (UNOOSA) é uma agência especializada das Nações Unidas que desempenha a função de ajudar todos os países, a acessar e alavancar os benefícios do espaço para acelerar o desenvolvimento sustentável. Ele desempenha um papel importante para as nações que estão na ONU, a desenvolver soluções pacíficas para o uso do espaço, o que é esperado no tema que abrange a militarização e ocupação do espaço.

A militarização do espaço é uma proposta que surgiu no início da exploração espacial, no qual refere-se ao uso do espaço em apoio a operações militares terrestres, também auxiliando em serviços de comunicação, controle, inteligência, entre outros. O tema gera grande polêmica ao redor do mundo, em torno da questão de: Deveríamos militarizar o espaço, utilizá-lo como estratégia de combate tanto terrestre quanto extraterrestre para garantir a segurança e autonomia das nações? Ou usufruir do espaço apenas como fonte de estudos científicos?

Por fim, a ocupação no espaço gera grande intriga entre nações, visto que não há tratados fortes que tenha a comunhão geral dos países, o que no futuro pode acarretar em conflitos diplomáticos e no pior dos casos conflitos militares.

A Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) é o órgão mais antigo da Nações Unidas, criado como um espaço democrático que permite que todas as nações do mundo discutam e resolvam os principais temas e desafios da humanidade a nível mundial.

O comitê foi histórico, se passará em 1947, dois anos depois da criação do órgão e da ONU, e o tema debatido foi a questão Palestina, a disputa entre judeus e árabes por este território. Em 1947 os judeus buscavam a criação de um estado para o seu povo na Palestina, após os horrores do holocausto. Os palestinos afirmavam que a criação de Israel era uma tentativa de colonialismo por parte dos judeus e que aquele território era deles. A Palestina era um território britânico, mas devido à dificuldade de resolver a disputa entre esses dois povos pela região, o governo do Reino Unido decidiu encaminhar essa questão para ser debatida pela Assembleia Geral.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) é uma agência internacional dedicada à promoção dos direitos e do bem-estar das crianças em todo o mundo. Na SIAN 2024, o tópico debatido foi "A Luta Global pela Vida das Crianças Soldado", uma questão que demanda uma abordagem mais incisiva e contundente. 

Uma criança soldado pode ser qualquer indivíduo no período da infância, que participe diretamente ou indiretamente de batalhas em regiões de conflito, sendo inseridos nesse contexto por meio de resistências, guerrilhas ou grupos militares do Governo. 

O comitê se concentrou em debater as consequências do recrutamento de menores combatentes e os prejuízos decorrentes dessa prática, não apenas para os jovens envolvidos, mas também para o país em questão. Esse procedimento viola os direitos fundamentais da infância e não apenas compromete a perspectiva de mundo desses jovens, mas também prejudica suas futuras oportunidades e, frequentemente, resulta na perda de suas vidas.

O Tribunal Penal Internacional (TPI) é um organismo internacional permanente, criado pelo Estatuto de Roma, com jurisdição para investigar e julgar indivíduos acusados de diversos crimes que desrespeitam os direitos humanos. 

O julgamento deste ano foi dos dois chefes de estado do Apartheid, regime que ocorreu na África do Sul de 1948 a 1994, o qual ficou caracterizado pelas leis segregacionistas que concediam direitos e privilegios à parcela branca da população. Os comandantes do país durante o regime foram Balthazar Johannes Vorster e Peter Willem Botha, que desde o início do regime lidavam com protestos anti-apartheid, tendo como principal oposição o Congresso Sul-Africano e o Partido Comunista Sul-Africano, liderado por Nelson Mandela, que mais tarde ganharia o prêmio Nobel da paz.

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) é uma agência da ONU que tem como objetivo promover a justiça, a segurança e a saúde por meio da prevenção e do combate ao crime organizado, ao tráfico de drogas e à corrupção.  Na SiAn 24, abordamos o assunto dos impactos da tecnologia no tráfico humano.

O tráfico de pessoas e órgãos é uma prática transnacional que fere os Direitos Humanos e que, além de ser uma atividade do crime organizado presente na história do mundo, tem números relevantes de vítimas sendo elas, em sua maioria, mulheres e crianças. Possui relação direta com o fluxo migratório e a migração forçada no mundo, visto que envolve diretamente o deslocamento de um indivíduo contra sua vontade, seja internamente ou entre países. Ademais, destaca-se o avanço tecnológico com a manipulação na web como o maior alvo dos traficantes. É um crime complexo e de difícil identificação por muitas vezes envolver a persuasão da vítima. A UNODC trabalha para promover a segurança mundial da transação populacional entre países e busca soluções que incluam medidas de redução criminal, maior fiscalização, maior conhecimento sobre o crime e reinserção social das vítimas, assim como busca promover acordos internacionais e melhores políticas Estaduais que busquem reduzir danos tecnológicos deste crime e ajudem as nações no enfrentamento desses desafios.

O famoso United Nations Security Council (UNSC) é um dos órgãos mais importantes da ONU, visto que ele é o único órgão mandatório e é responsável pela segurança mundial e pela manutenção da paz entre as nações. 

Na SiAn 2024, o tópico discutido foi a retomada do Afeganistão por parte do Talibã, um grupo fundamentalista islâmico, tendo em vista que diversos direitos humanos estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), estão sendo violados por este grupo.

Considerando a recente retomada de poder do Talibã no Afeganistão, é evidente que a ausência de uma intervenção eficaz do UNSC contribuiu para a escalada da violência e instabilidade. Semelhante à Guerra Civil da Etiópia, a inação do UNSC, muitas vezes devido aos interesses políticos dos membros permanentes (P5), permitiu que o conflito se prolongasse, resultando em graves violações dos Direitos Humanos.

Na simulação, a imprensa possui como principal função informar os delegados do que está ocorrendo nas sessões dos demais comitês. Com muita atenção, os jornalistas devem manter silêncio durante todo o debate, somente observando e analisando qual a melhor perspectiva para se posicionar, pois a sua notícia são os olhos de quem não está presente. O foco dos jornais é apresentar somente a verdade, de acordo com a ética jornalística. O objetivo é noticiar as sessões com uma visão esclarecida dos fatos, em prol do bem-estar coletivo e social.